Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Palestra da última quinta-feira do mês - 28 de dezembro de 2023

 



Palestra da última quinta-feira do mês
Solar Condes de Resende
28 de dezembro de 2023, 18,30 – 19,30 horas

"Das partes do Oriente": tradições poético-musicais do natal português
pelo Dr. Henrique Guedes

Em Portugal, o ciclo festivo da Natividade, que se estende até à celebração da Epifania, a 6 de janeiro, é pontuado por práticas e expressões poético-musicais populares, de caráter comunitário, que, pese embora a insuficiência, ou mesmo a artificialidade, de uma categorização, podem ser classificadas, quanto ao propósito e à temática, em três formas: o Cantar ao Menino, o Cantar as Janeiras e o Cantar os Reis.

Com texto e melodia fixados, na maior parte dos casos, no decurso dos séculos XVIII e XIX, estes cantares resultam de um longo processo evolutivo, marcado pela sobreposição de diversas tradições e formas poéticas e musicais, umas de cariz popular, outras de feição erudita, como as cantigas, os romances, os autos e os vilancicos.

Transmitidas oralmente ou através de laboriosa recolha e divulgação, por parte de profissionais e amadores da etnomusicologia, essas tradições poético-musicais têm, igualmente, suscitado o interesse de músicos e compositores, acedendo às salas de concerto e ao mercado da produção e fruição musical, bem como de instituições educativas, culturais e órgãos de decisão política e administrativa, assumindo uma crescente relevância enquanto património cultural imaterial.

Colaboração do grupo musical Eça Bem Dito

Pianista Maria João ventura

Acesso livre presencial e por videoconferência

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/89165637021?pwd=REpGYjk2YnA2c1AzY2NnM0xVY3QyZz09

ID da reunião: 891 6563 7021
Senha: 110834

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

5ª sessão do curso livre sobre: 40 anos depois: História Local e Regional

OS ROMANOS ENTRE NÓS.

Glocalização e ecologia marítima no contexto da navegação e comércio romano na Fachada Atlântica do NW Peninsular

Prof. Doutor Rui Morais

O Noroeste Peninsular abarca um território banhado por uma ampla frente marítima oceânica. O estudo sobre a navegação e comércio nesta região deve levar em consideração a alteração da linha de costa ao longo dos tempos, pelo que é fundamental o cruzamento das fontes literárias e epigráficas e do registo arqueológico e cartográfico, com as evidências diacrónicas da geomorfologia e da sedimentologia nesta franja costeira.

A ocupação romana implicou uma lógica associada a diferentes formas de controlo territorial que obedeceram a uma interface marítima/ portuária/ terrestre. Essa lógica contemplou três espaços, cada um interdependente e dependente do outro: o espaço navegável (utilizando os canais de navegação), o espaço de cargas e descargas (utilizando uma praia ou uma zona de desembarque com cais e rampas) e as áreas de armazenamento e redistribuição de mercadorias, com áreas de rutura de carga e transvase de produtos. Assistiu-se também a transformações ecológicas da paisagem costeira que trouxeram a desflorestação e a transformação da paisagem, mas também processos inversos de florestação com fins económicos, muito provavelmente associados à construção naval, num processo que designamos por “ecologia marítima associada à navegação e comércio”, como se testemunha, por exemplo, na plantação de uma floresta de Pinus na franja costeira de Esposende, muito provavelmente associada à construção e reparação naval.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Palestra da última quinta-feira do mês - 30 de novembro



J. Rentes de Carvalho, escritor. Personalidade do Norte 2023

No passado dia 24 de novembro a CCDR-Norte I. P. atribuiu o galardão de Personalidade do Norte 2023 ao escritor José Rentes de Carvalho, nascido em Vila Nova de Gaia a 15 de maio de 1930 e a viver em Amsterdam, com visitas regulares a Estevais do Mogadouro, a aldeia dos seus ancestrais.

Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, entre outras distinções, legou à associação cultural de utilidade pública Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana o seu espólio pessoal de escritor, jornalista, fotógrafo, conferencista e professor de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Amsterdam, a quem competirá a sua preservação, organização, estudo e divulgação. Nesta palestra vamos abordar a vida e obra do autor, mas também dar a conhecer o seu espólio e as perspetivas da sua valorização.

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/86175551121?pwd=cHQ3WWIrZFBhU3dhNjZMdC9tcUJrdz09

ID da reunião: 861 7555 1121
Senha: 651392

terça-feira, 14 de novembro de 2023

4ª sessão do curso livre sobre: "40 anos depois: História Local e Regional"

 


O tempo dos "castros" em Vila Nova de Gaia: novidades e interrogações

António Manuel S. P. Silva (GHAP, CQ; CITCEM, UP)

Há quatro décadas, a investigação sobre o povoamento da Idade do Ferro na área de Vila Nova de Gaia vivia tempos de descoberta e expectativa.

Pela primeira vez, sob a responsabilidade do Professor A. C. Ferreira da Silva, dois dos sítios mais emblemáticos do concelho eram objeto de escavações arqueológicas, o Castelo de Gaia e o Monte Murado/ Sr.ª da Saúde, sendo que neste último, por um desses felizes acasos que contribuem para a História, se revelava também a designação étnica dos seus ocupantes à data da implantação da administração romana na região.

Desde então, aqueles e outros povoados da Idade do Ferro têm vindo a revelar os seus segredos, permitindo-nos conhecer bastante melhor as arquiteturas, objetos e modos de vida dessas populações que nos antecederam neste espaço geográfico. Nesta sessão, desvendam-se algumas das novidades e discute-se a moderna agenda de investigação de um tempo tão obscuro quão fascinante.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

3ª sessão do curso livre "40 anos depois: História Local e Regional"

 CURSO 3.jpg

A PRÉ-HISTÓRIA DO CONCELHO DE VILA NOVA DE GAIA

No concelho de Vila Nova de Gaia são conhecidos vestígios arqueológicos atribuíveis ao Paleolítico Inferior, possivelmente ao Paleolítico Médio e a algumas etapas da chamada Pré-história Recente, nomeadamente o Neolítico/Calcolítico e a Idade do Bronze.

Os vestígios mais antigos (Paleolítico) estão documentados por utensílios de pedra lascada, e os mais recentes (Pré-história Recente) por “monumentos megalíticos” e por locais considerados de habitação, onde existem estruturas em negativo (isto é, buracos de poste, fossas e valados).

Apesar de dispormos destes dados, importa referir que os conhecimentos sobre a Pré-história do concelho são muito incipientes. Efetivamente, a região nunca foi alvo de estudos sistemáticos dirigidos a esta etapa da História da Humanidade, pelo que se torna extremamente difícil caracterizar a evolução do povoamento do território gaiense. Por outro lado, a inexistência de tais estudos terá também favorecido a destruição, ao longo do tempo, de elementos patrimoniais dos mais diversos tipos, perdendo-se, assim, informação fundamental para a reconstituição do passado.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

 


Vila Nova de Gaia: geomorfologia e evolução do território

O território de Vila Nova de Gaia pode considerar-se estruturado em 3 áreas:

·        A leste, um sector que drena diretamente para o Douro ou através dos seus afluentes, como o rio Febros.

·        Caminhando para o lado do mar existe um relevo alongado que atinge 208 m no Monte da Virgem e 241 na senhora da saúde. Desenvolve-se de forma quase linear numa direção NNW-SSE. Vamos chamar-lhe “relevo marginal”

·        A Oeste existe uma área que desce em patamares para o mar: a plataforma litoral.

Durante muito tempo a plataforma litoral foi entendida como um registo passivo das variações do nível do mar durante os últimos 7 milhões de anos da história da Terra.

O aparecimento da teoria da tectónica de placas veio criar uma visão mais mobilista do território em que a dinâmica de movimentos tectónicos começa por criar o relevo marginal e interfere com as ditas variações do nível do mar, explicando os abundantes e diversificados depósitos Plio-Pleistocénicos que juncam o sector ocidental de Gaia.

A evolução recente do litoral está marcada pela interação das obras construídas pelo Homem com o relevo criado pelas variações do nível do mar durante o Quaternário.  

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Palestra das Ùltimas Quintas-FEiras do Mês - 26 de outubro



Palestra da última quinta-feira do mês
26 de outubro de 2023

Solar Condes de Resende
18:30 - 19:30

Entrada livre presencial e videoconferência

«Doadores da Coleção Marciano Azuaga»

por Dr. João Luís Fernandes

Mestre em História da Arte, Património e Cultura Visual pela FLUP.

Resumo:

Marciano Azuaga (1838-1905), natural de Valença do Minho, fixou-se em Vila Nova de Gaia a partir da chegada do caminho de ferro às Devesas, em 1864. Durante a sua vida, este chefe de estação e colecionador amador constituiu um espólio eclético que doou à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia em 1904, quando o mesmo se configurava já como museu particular, aberto gratuitamente ao público. Iremos demonstrar como esta coleção reflete as orientações intelectuais dos vultos dominantes da produção científica, artística, literária, política e académica com as quais Marciano Azuaga contactava, muitos dos quais contribuíram para a mesma com doações ao longo de décadas.  

Organização: ASCR-Confraria Queirosiana

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/88129877669?pwd=cGxHSXFaS1hjQ3FtZk1aeWZZbzd2Zz09

ID da reunião: 881 2987 7669
Senha: 681204

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Sessão de abertura do curso livre sobre: «40 anos depois: História Local e Regional»

 

Academia Eça de Queirós, grupo de trabalho para o Ensino

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Em 1983 o Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia organizou, com o patrocínio da autarquia, as 1.as Jornadas de História Local e Regional de Vila Nova de Gaia, acontecimento marcante na vida cultural do Município que também se refletiu noutras autarquias e instituições espalhadas pelo país. Passados 40 anos queremos fazer um balanço e uma reflexão sobre a situação atual do conhecimento histórico naquelas dimensões e os possíveis reflexos daquele acontecimento que então reuniu vários nomes de professores universitários marcantes, mas também jovens estudantes que davam os primeiros passos nas Ciências Históricas. Como habitualmente as aulas decorrerão de forma presencial ao sábado à tarde no pavilhão do Solar Condes de Resende, entre as 15 e as 17 horas, segundo calendário previamente divulgado, havendo também a possibilidade de assistirem via Zoom. A todos os frequentadores serão passados certificados de frequência e, no caso dos docentes que o requeiram, a creditação do mesmo pelo Ministério da Educação. A frequência de curso todo ou de aulas avulsas implica o pagamento prévio da propina estipulada no boletim de inscrição.

Mais informações: www.queirosiana.pt

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Curso livre no Solar - «40 anos depois: História Local e Regional»

 Academia Eça de Queirós, grupo de trabalho para o Ensino

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Em 1983 o Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia organizou, com o patrocínio da autarquia, as 1.as Jornadas de História Local e Regional de Vila Nova de Gaia, acontecimento marcante na vida cultural do Município que também se refletiu noutras autarquias e instituições espalhadas pelo país. Passados 40 anos queremos fazer um balanço e uma reflexão sobre a situação atual do conhecimento histórico naquelas dimensões e os possíveis reflexos daquele acontecimento que então reuniu vários nomes de professores universitários marcantes, mas também jovens estudantes que davam os primeiros passos nas Ciências Históricas. Como habitualmente as aulas decorrerão de forma presencial ao sábado à tarde no pavilhão do Solar Condes de Resende, entre as 15 e as 17 horas, segundo calendário previamente divulgado, havendo também a possibilidade de assistirem via Zoom. A todos os frequentadores serão passados certificados de frequência e, no caso dos docentes que o requeiram, a creditação do mesmo pelo Ministério da Educação. A frequência de curso todo ou de aulas avulsas implica o pagamento prévio da propina estipulada no boletim de inscrição.

Programa: sábados, 15-17 horas; presencial e via Zoom

01 - 14 de outubro - Sessão de Abertura pelo Prof. Doutor Eduardo Vitor Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia; lançamento do livro «O Património Régio dos Julgados de Gaia, e de Vila Nova, em 1346» da autoria do Professor Doutor José Marques

02 – 28 de outubro -      Professora Doutora Assunção Araújo

                                       - Geologia e Geomorfologia

03 – 04 de novembro -  Prof. Doutor Sérgio Monteiro-Rodrigues

                                       - Avanços na Pré-história

04 –18 de novembro –  Prof. Doutor António Manuel S. P. Silva

                                     - A Cultura Castreja

05 – 16 de dezembro -  Prof. Doutor Rui Morais

                                     - Os Romanos entre nós

06 – 06 de janeiro –       Prof Dr. Manuel Real

                                     - A Alta Idade Média por aqui

07 – 20 de janeiro –      Prof. Doutor Luís Carlos Amaral

                                     - O municipalismo medieval

08 – 03 de fevereiro –   Prof. Doutor Amândio Barros

                                     - O Rio Douro e a Expansão

09– 17 de fevereiro –    Professor Doutor Francisco Ribeiro da Silva

                                     - Reorganização Moderna do território

10 – 02 de março –       Prof. Doutor Barros Cardoso

                                     - Luzes e Sombras do Iluminismo

11 – 16 de março –       Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho

                                      - Corcundas e malhados

12 – 23 de março –       Prof. Doutor José António Oliveira

                                      - Constitucionalismo oitocentista

13 – 06 de abril –          Professor Doutor Pedro Bacelar de Vasconcelos

                                     - De súbditos a cidadãos

14 – 20 de abril –          Prof. Doutor Nuno Resende

                                     - Regionalismos e internacionalismos

15 – 27 de abril –          Prof. Doutor Adrião Cunha

                                    - Reformas e revoluções do século XX

O programa pode ser pontualmente ajustado na sua sequência com aviso prévio aos interessados.

Inscrição: www.queirosiana.pt

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Palestra das Últimas Quintas-Feiras do Mês - 28 setembro

Palestra das Últimas Quintas-Feiras do Mês
Solar Condes de Resende
28 de setembro - 18,30h

«As Primeiras Jornadas de História Local e Regional em 1983 e o seu legado»
por J. A. Gonçalves Guimarães, PhD

Em novembro de 1983 decorreram em Vila Nova de Gaia as Primeiras Jornadas de História Local e Regional organizadas pelo Gabinete de História e Arqueologia, fundado em 1980 na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e depois acolhido como grupo de trabalho autárquico pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Esta realização, que reuniu então 98 participantes, dos quais 41 conferencistas, sendo 26 deles profissionais da História, da Arqueologia e da História da Arte, marcou a vida cultural do Município até aos dias de hoje. Evocação quantitativa por um dos participantes.

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/82672988980?pwd=YlZoUzg0R05QTktaUE0vL3VreVhFUT09

ID da reunião: 826 7298 8980
Senha: 163744


terça-feira, 22 de agosto de 2023

Palestra das últimas quintas feiras do mês - 31 de agosto

Palestra das Últimas quintas-feiras do mês
31 de agosto de 2023, 18,30 horas
Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana
Solar Condes de Resende


Apresentação de uma vivência extraterrestre pessoal: desafio transdisciplinar para uma reavaliação da História do planeta e da Humanidade?

Pedro Barbosa
Doutor em Ciências da Comunicação (PhD em Semiótica) pela UNL

Resumo:
A questão extraterrestre, a ufoarqueologia, a mitologia e sua repercussão numa possível reavaliação da História da Humanidade e do planeta Terra.

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/86925800429?pwd=Q0FJVHRXNVJXYlNwQXRiTkFSVUZnQT09

ID da reunião: 869 2580 0429
Senha de acesso: 848434

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Palestra das últimas quintas-feiras - 27 de julho


EUTANÁSIA, busca da correta impostação do problema

Numa primeira parte, revisita-se o texto inicial da lei, tal como a Assembleia da República o produziu e o texto final que, forçadamente, foi promulgado. Procura-se perceber a razão pela qual a questão andou a saltitar entre os protagonistas interventores, restando, para o cidadão comum, uma justificada perplexidade.

Numa segunda parte, faz-se uma análise crítica da lei que vai ser publica, após a regulamentação governamental em curso e propõe-se uma solução essencialmente jurídica para o futuro.

Denuncia-se o erro contido no texto constitucional “o direito à vida é inviolável”, subalternizando o direito à dignidade. O referendo.

Entrar na reunião Zoom

ID da reunião: 861 7557 9915
Senha de acesso: 146521

 


quarta-feira, 28 de junho de 2023

Palestras das últimas quintas-feiras do mês - 29 junho

 


Iconografia da História de Portugal em painéis azulejares: o caso da Estação de S. Bento no Porto

Cristiana Borges Ferreira

De entre todos os países europeus, foi em Portugal que o azulejo manifestou maior desenvolvimento e as formas mais originais e funcionais de utilização. Desempenhou um papel primordial na arquitetura, onde percorreram um longo e magnífico caminho juntos. Vila Nova de Gaia produziu nas suas fábricas cerâmicas muitos painéis, incluindo sobre iconografia histórica, espalhados pelo país, cuja apresentação ficará para outra oportunidade. Mas nesta comunicação vamos privilegiar o caso da Estação de S. Bento no Porto, palco dos painéis da autoria do pintor e ceramista Jorge Rey Colaço, hoje conhecidos em todo o mundo. Este artista utilizou o azulejo como suporte privilegiado, aplicando princípios e qualidades que refletiram os valores da época em que viveu e, sobretudo, as bases artísticas e plásticas das escolas que frequentou, nomeadamente em Espanha e França. Jorge Colaço trouxe para a azulejaria a designada “corrente dos tradicionalistas”, recuperando e citando os períodos áureos do azulejo em Portugal. Os painéis da Estação de S. Bento demonstram os valores tradicionalistas, nacionalistas e o amor pela Pátria, sendo ótimos exemplares da corrente protagonizada pelo seu autor e a sua “pincelada” inspirada na Arte Nova.

Entrar na reunião Zoom

ID da reunião: 898 7082 7485
Senha de acesso: 279707

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Colóquio: Descobertas Arqueológicas em Vila Nova de Gaia Jornadas Europeias de Arqueologia 2023 Solar Condes de Resende - 17 de junho

A equipa de coordenação e os textos e autores a publicar no n.º 1 da nova série da revista Gaya. Estudos de História, Arqueologia e Património a apresentar no próximo dia 17 de junho no Solar Condes de Resende com a presença dos autores e coordenadores.



Nota: O evento será certificado como Ação de Curta Duração pelo Centro de Formação de Associação de Escolas Gaia Nascente.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Palestra das últimas quintas-feiras do mês - 25 de maio de 2023

 

«António Soares dos Reis: um positivista?»

A obra de António Soares dos Reis constitui um dos expoentes máximos da escultura nacional, não obstante as dificuldades da História da Arte para a definir ou categorizar. Reveladora de um ecletismo que espelha não apenas as particularidades pessoais do escultor, mas todo o seu percurso formativo e o contexto socio-cultural do território em que viveu, a produção artística de Soares dos Reis torna evidentes as limitações das categorizações artísticas que têm condicionado o seu estudo. Iremos contextualizar o escultor e a sua obra no tempo e espaço, demonstrando o importante papel desempenhado pela sua formação académica, mas também o do próprio território em que viveu e dos seus círculos de amizade.

Entrar na reunião Zoom


ID da reunião: 846 5044 8304
Senha de acesso: 188964

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Palestras das últimas quintas-feiras - abril 2023

 


Palestras das últimas quintas-feiras, 18.30H

Entrar na reunião Zoom

https://us02web.zoom.us/j/88524104068...

ID da reunião: 885 2410 4068

Senha de acesso: 658919

Resumo:

Susana Moncóvio iniciou um dos parágrafos de um seu trabalho com a seguinte frase: «O colecionismo revela um traço antropológico, o da materialização da memória, de afetos e vivências...». A autora citada estava a referir-se ao coleccionador Marciano Azuaga que veio a falecer no início do século XX com mais de sessenta anos, portanto, inserido ainda numa: «prática colecionista dos finais do século XIX».

É também sobre colecionismo o assunto que aqui pretendemos desenvolver, já não sobre um colecionador inserido nos conceitos e parâmetros atrás referidos, mas um colecionador actual, longe da «natureza enciclopédica [que foi o] resultado do desenvolvimento dos valores humanistas do Renascimento». Contudo, constatamos que, de um modo geral, as motivações para o coleccionismo são intemporais manifestando-se pelo gosto de “juntar” objetos, não tanto pelo seu valor monetário, beleza ou qualidade, mas sobretudo por aquilo que podem significar para quem os adquire, não obedecendo, portanto, a qualquer outro critério que não seja o do “gosto pessoal”.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

14ª sessão do curso livre sobre O Brasil Duzentos Anos Depois



O Brasil e os exilados políticos portugueses

A imagem do emigrante povoa há muito o imaginário da sociedade portuguesa a lembrar o burguês rico e rude, com dinheiro e sem cultura.

A saída, voluntária ou não, do país de origem, para território de outra nação com a intenção de aí fixar residência e exercer atividade por um período de duração incerta foi, desde sempre, apanágio dos portugueses.

Em bom rigor, emigração pressupõe a deslocação do cidadão para país estrangeiro. Os fatores causais da emigração são, na maior parte dos casos, por razões económicas, podendo, porém, revestir natureza política, ou outras de carater diverso.

Os reflexos da emigração projetam-se na força e prosperidade das nações, na vida económica, social e política, facto que levaram os Estados a submetê-la a regulamentação apropriada

Em Portugal o Estado Novo, cultiva através do ideário salazarista, da sua propaganda oficial, ou oficiosa, um especial olhar em direção às comunidades emigradas. A partir de 1932, o regime assume através dos discursos de Salazar, a ideia central de difundir a imagem de um “país de paz à beira-mar plantado”, tudo fazendo para que o emigrante encontre no ideário salazarista as mensagens que deseja ouvir sobre a sua pátria distante.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

13ª sessão do curso livre sobre O Brasil Duzentos Anos Depois



Os Brasileiros de Torna-Viagem

Ana Sílvia Albuquerque

Durante o século XIX, Portugal viveu um período de turbulência política, dificuldades económicas e mudanças sociais. Como resultado, muitos cidadãos portugueses, nomeadamente oriundos da região noroeste de Portugal, deixaram o seu país de origem e emigraram para o Brasil em busca de melhores oportunidades ou reagrupamento familiar.

Embora tenham enfrentado muitos desafios no Brasil, as suas experiências e contribuições desempenharam um papel crucial na formação do cenário cultural, económico e social do Brasil e de Portugal.

Importantes foram os benefícios que Portugal obteve quando estes indivíduos regressaram a casa. Trouxeram consigo novas ideias, competências e recursos que ajudaram a revitalizar a economia portuguesa e a contribuir para o seu desenvolvimento cultural e artístico. Os «brasileiros» desempenharam um papel fundamental na modernização da indústria e da agricultura portuguesas, e as suas contribuições foram sentidas em áreas como arquitetura, literatura e música.

Acresce o seu papel assinalável na melhoria da vida de conterrâneos por meio de diversas formas de filantropia, incluindo o estabelecimento de hospitais, escolas e legados a organizações de caridade e bem-fazer, como misericórdias e ordens terceiras.

quinta-feira, 30 de março de 2023

12ª sessão do curso sobre O Brasil Duzentos Anos Depois

  curso.jpg

O Brasil Oitocentista e o tráfico transatlântico de escravos.

Em 1823, na época da independência do Brasil, José Bonifácio de Andrade e Silva, uma das mais importantes figuras do novo país, condenou moralmente o tráfico de escravos e atribuiu a culpa pela sua existência a Portugal. Poder-se-ia, por isso, pensar que os brasileiros iriam pôr fim a esse horrível negócio, tanto mais que, logo de seguida negociaram e assinaram com a Grã-Bretanha um tratado que prometia fazê-lo. Porém, não foi isso que aconteceu.

A presente aula procurará mostrar por que razões a importação de escravos africanos era importantíssima para o Brasil, nomeadamente para a sua indústria açucareira, e explicitará as características e o volume dessa importação, desde o início até à sua supressão na década de 1850.


terça-feira, 28 de março de 2023

Palestra das últimas quintas-feiras do mês - 30.03.2023

Henrique Moreira escultor de memórias da 1.ª Grande Guerra

J. A. Gonçalves Guimarães

Resumo:   

Escultor nascido em Avintes, Vila Nova de Gaia, Henrique Moreira (1890-1979) frequentou a Academia Portuense de Belas Artes, onde foi aluno de José de Brito, Marques da Silva e Teixeira Lopes. Tendo concluído o curso de escultura em 1911, estagiou na oficina deste último, tendo também colaborado (com Sousa Caldas) na concretização da parte escultórica do Monumento à Guerra Peninsular de Alves de Sousa e Marques da Silva implantado na cidade do Porto. Distinguiu-se depois com encomendas da Comissão dos Padrões da Grande Guerra, sendo mesmo o escultor português que maior número de exemplares produziu neste âmbito. Autor de uma obra muito mais vasta e diversificada, nas suas três principais modalidades que praticou, estes monumentos evocativos são também um aspeto importante da sua obra.

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/89412091360?pwd=TEdxVVM2TWpFZWpSdDNLV2JVUXlyZz09

ID da reunião: 894 1209 1360
Senha de acesso: 152468

                                                                                                   

quarta-feira, 15 de março de 2023

11ª sessão do curso livre sobre O Brasil Duzentos Anos Depois

 


A música e a dança urbana entre o Brasil e Portugal (1770-1830)

Notícias sobre a música e as danças urbanas luso-brasileiras, entre a primeira metade do século XVIII e as primeiras décadas do século seguinte, foram registadas em textos de escritores teatrais, poetas, cronistas e por viajantes estrangeiros, tornando-se uma importante referência para a identificação de práticas socioculturais, ainda que generalizadas, tanto em Portugal como em terras brasileiras. Através da análise de alguns desses textos é possível identificar práticas musicais e danças coletivas da tradição europeia e afro-brasileira, como um exercício para o entendimento das formas com que essas tradições irão se misturar e proporcionar o desenvolvimento de outros gêneros, alguns inclusive adquirindo o estatuto de música e dança nacional. Pretendemos nesse curso associar as informações musicais que estejam vinculadas não somente à canção urbana, em que se destaca a modinha e o lundum, mas também às outras danças coletivas que, independente de seus locais de origem ou prática, configuram-se como elementos essenciais para entendermos a socialização dos grupos, no período supracitado, convertendo-se, ao longo do século XIX, em obras musicais utilizadas como entretenimento doméstico pela burguesia luso-brasileira.

Rodrigo Teodoro de Paula


terça-feira, 14 de março de 2023

Património Cultural de Gaia. Património de Gaia no Mundo

 

Apresentado ao público no Capítulo da Confraria Queirosiana de 19 de novembro de 2022, o livro Património Cultural de Gaia. Património de Gaia no Mundo, coordenado pelos historiadores J. A. Gonçalves Guimarães e Francisco Queiroz, com textos seus e de Alda Bessa; Ana Filipa Correia; Ana Pessoa; Ana Venâncio; André Dangelo; Andréa L. Bachettini; Annelise Montone; António Conde; Cláudia Emanuel; Cristina Moscatel; Daniele Fonseca; Fabiane R. Moraes; Fabíola Franco Pires; Fernando Cerqueira Barros; Francisco Queiroz; J. A. Gonçalves Guimarães; José Francisco Alves; José Guilherme Abreu; Keli C. Scolari; Manuel Ferreira da Silva; Margarete R. F. Gonçalves; Margarida Rebelo Correia; Maria Isabel Moura Ferreira; Mariana Rodrigues; Marilene da Silva; Paula Santos Triães; Rosário Salema de Carvalho e Susana Moncóvio, editado em Vila Nova de Gaia pela Câmara Municipal/ Solar Condes de Resende/ ASCR – Confraria Queirosiana, com 350 páginas, o segundo de uma série de livros de investigação profissional dedicada ao Património Cultural de Gaia, para além da divulgação institucional feita pela autarquia gaiense, encontra-se agora também disponível on line em academisecadequeiros.blogspot.com e à venda na edição papel, ao preço de 30 € cada (IVA e portes incluídos), pedidos para queirosiana@gmail.com.

https://www.slideshare.net/queirosiana/pacug2livropdf

quarta-feira, 1 de março de 2023

10ª sessão do curso livro sobre O Brasil Duzentos Anos Depois

 

Brasil e o Vinho do Porto

António Barros Cardoso

As relações entre a cidade do Porto e o Brasil, remontam à chegada dos portugueses aquelas terras em finais do século XV. O relato de Pero Vaz de Caminha, ele próprio um morador na cidade do Porto, não deixa dúvidas sobre os laços de forte complementaridade entre a capital do norte de Portugal e as mais importantes urbes portuárias das várias capitanias do Brasil. Tais laços alimentaram um comércio que sempre foi cobiçado pelas comunidades de estrangeiros que cedo se fixaram aqui na capital do Norte de Portugal. Afinal perseguiam o objetivo comum de beneficiarem das trocas comerciais transatlânticas que enriqueceram as duas partes. Esta relação é alimentada também pela forte ligação humana entre as gentes do Norte e os povoadores da antiga colónia portuguesa. Primeiro foram o açúcar e o tabaco brasileiros (séculos XVI e XVII). Depois foi o negócio de Vinhos do Porto (primeira metade do Século XVIII em diante). Parte substancial dos negócios do Porto com o Brasil, manteve-se ao longo da primeira metade do século XVIII, nas mãos dos mercadores portugueses, mas muito por imperativo dos tratados celebrados com os nossos parceiros comerciais no século anterior. Por isso, no que aos vinhos diz respeito, foram também os nacionais que exportaram maiores quantidades de vinhos destinados aos portos do Brasil. Afastados do trato vinícola direto ou indireto pela criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (1756-1777), os estrangeiros fixados na cidade do Porto, por si ou em sociedades que envolviam mercadores portugueses, voltaram a assumir algum protagonismo (finais do século XVIII) nas compras da grande variedade de produtos brasileiros que afluíram ao Porto que voltava a servir de entreposto de ligação comercial entre o Brasil a Inglaterra a Holanda a Bélgica, Hamburgo a Itália e a vizinha Espanha. Ao mesmo tempo, continuavam a chegar ao Brasil os “mimos” da produção agrícola e industrial do Norte de Portugal, ocupando aqui os vinhos do Porto um lugar destacado.

• Professor Aposentado da Universidade do Porto – Faculdade de Letras; Presidente da Direção da Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho APHVIN.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Palestra das últimas quintas-feiras do mês - 23.02.2023

O pároco de Mafamude, abade José Maria de Santana e Silva, destacou-se no tecido social e institucional de Vila Nova de Gaia e Porto da 2ª metade do século XIX como um de vários religiosos cuja ação ultrapassou a esfera da Igreja, para se vincar em assuntos que pautaram o seu tempo e o seu território. Figura assídua nos círculos ilustrados gaienses, conviva próximo de Camilo Castelo Branco e admirador de Soares dos Reis, iludem-se ainda contornos definitivos para uma vida que se revela por relatos e episódios que se procurarão contextualizar no panorama abrangente de uma sociedade para a qual os temas da Religião, Liberalismo e Instrução foram determinantes.

Entrar na reunião Zoom

ID da reunião: 843 7168 8786
Senha de acesso: 548614

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

9ª sessão do curso O Brasil Quatrocentos Anos Depois

  


A emigração portuguesa para o Brasil

Jorge Fernandes Alves

A transposição de portugueses para o território que se veio a denominar de Brasil ganhou significado quantitativo a partir da nomeação do 1º governador, Tomé de Sousa, em 1549, num processo gradualmente ascendente, correlacionado com o processo de ocupação e domínio do território, revestindo facetas variadas. Será, contudo, no pós-independência que o movimento migratório alastra, em função das condições de mercado de trabalho e dos projetos de branqueamento da população, embora flutuando em situações diversas: o antigo colonizador era agora recebido como imigrante, estrangeiro que se devia submeter às novas leis e condições do país de receção. Entre a persistência das redes tradicionais e novas condições contratuais, a situação dos portugueses experienciam situações variadas, desde apelos familiares a confrontos nativistas de lusofobia. Contudo, num balanço geral, podia-se dizer-se pelos finais do século XIX, utilizando as palavras de Herculano e Oliveira Martins, que o Brasil “era a nossa melhor colónia, depois que deixou de ser colónia nossa”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

8ª sessão do curso livre sobre O Brasil Duzentos Anos Depois

Atividade Económica entre Brasil e Portugal nos dias da Independência

Nesta aula serão abordadas as trocas comerciais entre Portugal e o Brasil com especial incidência para as entradas na barra do Douro (131 produtos brasileiros diferentes) contra as saídas pela mesma barra em sentido inverso (27 produtos portugueses) nos dias da Independência. Serão ainda referidos os armadores-negociantes que suportavam este comércio e a sua importância para ambos os lados do Atlântico.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

7ª sessão do curso livre sobre O Brasil Duzentos Anos Depois

 


A 17 de junho de 1922 um hidroavião pilotado por dois oficiais da Marinha Portuguesa amarou na Baía da Guanabara no Brasil concluindo assim a primeira viagem por etapas voando sobre as águas do Oceano Atlântico. O Brasil estava a comemorar o centenário da sua independência e este foi o maior abraço possível que Portugal lhe poderia ter enviado. Ação audaciosa e arriscada, sem dúvida, mas também fruto dos sistemáticos estudos, ensaios e aperfeiçoamentos técnicos levados a cabo pelos dois protagonistas. O Brasil rejubilou e festejou-os até ao delírio; no regresso Lisboa e o país enalteceram-nos e adotaram-nos como símbolos nacionais. Nesta evocação vamos relembrar esses dias gloriosos da Aviação Portuguesa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Palestra das últimas quintas-feiras do mês - 26 de janeiro


Fundado em 1936, o Rancho Regional de Gulpilhares, de Vila Nova de Gaia, assume-se como uma instituição referência do folclore regional e nacional. Dado o contexto ideológico e os condicionalismos político-sociais em que surgiu, em plena afirmação e radicalização do Estado Novo (1933-74), será legítimo questionarmo-nos se o folclore do Rancho Regional de Gulpilhares vai, efetivamente, ao encontro da história e da memória local e regional, ou de uma representação ideológica, ruralista e conservadora, do regime que o viu nascer.

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/86911839980?pwd=NGRIbVVKc2hZb0RNanhWOG1sUUVvZz09

ID da reunião: 869 1183 9980
Senha de acesso: 570858

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

6ª sessão do curso livre sobre O Brasil Duzentos Anos Depois

 

D. PEDRO PRÍNCIPE, IMPERADOR E REI


A figura de D. Pedro de Bragança constituirá o tema exclusivo desta digressão histórica. Embora o seu tempo de vida tenha sido curto (não chegou a completar 36 anos), a intensidade, os excessos com que a viveu e os papéis que desempenhou valeram por várias vidas.

D. Pedro Príncipe, Regente, Imperador no Brasil, Rei, Duque de Bragança e novamente, Regente em Portugal foi protagonista decisivo no Brasil, devendo-lhe este país a sua independência e também a manutenção da integralidade da imensidão do seu território. Detentor de duas coroas, de ambas abdicou em favor dos seus herdeiros naturais, não tanto por desapego do poder, mas porque as circunstâncias políticas a tal aconselharam. Se no Brasil inaugurou uma nova era na história daquele país, em Portugal lutou pela Liberdade contra as tropas absolutistas do irmão D. Miguel e restituiu o trono à sua filha, repondo o reino no novo caminho que fora iniciado em 24 de agosto de 1820.

A sua morte prematura e a doação do seu coração à cidade do Porto terão favorecido um certo “culto cívico” de herói nacional?

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

5ª sessão do curso livre O Brasil Duzentos Anos Depois

A Corte Portuguesa no Brasil

Entre 26 de abril e 3 de julho de 1821, uma esquadra de 12 navios, transportando entre 3 e 4 mil pessoas, fez regressar a Portugal o monarca D. João VI. Os 14 anos de presença real no Brasil, a conjuntura interna e externa, produziram importantes transformações no mundo ocidental e abalaram, sistematicamente, as estruturas do Antigo Regime.

No Brasil, a corte “brasileira” mimetizou a corte “lisboeta”. Foram incrementadas novas práticas de sociabilidade e o Rio de Janeiro assumiu uma nova cosmovisão, fruto das circunstâncias sociais, políticas e económicas. Tudo se alterou: a sociedade, a cultura, a economia, o urbanismo, as estruturas de poder, os espetáculos, as comunicações, o ensino… A centralização foi notória e o desenvolvimento também.

Quando retornou a Portugal, D. João VI deixava o Brasil maior e mais desenvolvido do que encontrara. Estava para breve a independência.