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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Curso livre sobre Revoluções e Constituições - 10ª sessão



Solar Condes de Resende
Sábado, 29 de fevereiro – 15-17 horas
Curso livre sobre Revoluções e Constituições
- 10.ª sessão: O Maio de 1968

       Após a breve euforia da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi e outros regimes colaboracionistas em 1945, rapidamente a Europa e o Mundo ficaram subjugados pelos ditames da Guerra Fria entre o bloco ocidental liderado pelos EUA e defendido pela OTAN, e o bloco de Leste liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e defendido pelo Pacto de Varsóvia.
            Na França de De Gaulle, mal refeita das derrotas no Vietnam (1954) e na Argélia (1962), vai emergir uma enorme insatisfação entre as massas estudantis universitárias, mas que rapidamente alastra ao mundo laboral, a qual reivindica o fim da guerra do Vietnam (agora ocupado pelos EUA), a liberalização sexual, a ampliação dos direitos cívicos e sobretudo uma nova visão do mundo e da sociedade que ficará conhecida como a Revolução de Maio de 1968.

por J. A. Gonçalves Guimarães

Inscrição prévia obrigatória

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Curso livre sovre Revoluções e Constituições - 9ª sessão



Solar Condes de Resende
Sábado, 15 de fevereiro – 15-17 horas
Curso livre sobre Revoluções e Constituições
- 9.ª sessão: A Revolução da China (1911-1949)

A revolução socialista na China que instaura em 1949 a República Popular da China, tem 3 características que a individualizam historicamente. A primeira, é que foi a mais longa revolução do século XX: estende-se praticamente por toda a primeira metade do século passado numa sucessão de guerras civis e de guerras anti-japonesas que culminam com a tomada do poder, em 1 de Outubro de 1949, pelo Exército Popular de Libertação e o Partido Comunista Chinês (fundado em 1921). É esse processo que analisaremos na presente conferência. A segunda, reside na circunstância de ser a primeira revolução socialista que não parte dos centros urbanos, mas da revolta do campesinato, realizando a estratégia desde cedo defendida por Mao Tsetung (mesmo contra a linha dominante do PCC) do “cerco das cidades pelos campos” e da “guerra popular prolongada”. A terceira, resulta da decisiva influência política e militar que o sucesso dessa estratégia, em 1949, vai ter, após a II Guerra Mundial, nas guerras independentistas e anti-coloniais que varrem as colónias francesas, holandesas e inglesas do extremo Oriente e do sudoeste asiático (Indochina, Indonésia, Malásia, etc.) na primeira vaga de descolonização após o conflito mundial. Essa originalidade da revolução na China marcará mais tarde, no início dos anos 60, o cisma estratégico sino-soviético e do movimento comunista internacional.

Fernando Rosas
Professor Catedrático Jubilado e Professor Emérito da FCSH/NOVA
Investigador do IHC/NOVA

Inscrição prévia obrigatória