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terça-feira, 27 de maio de 2025

Palestra da última quinta-feira do mês - 29 de maio de 2025


A Procissão das Cinzas da Ordem Terceira de São Francisco do Porto

A Procissão das Cinzas, organizada pela Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Porto entre 1634 e 1905, consistia num ato de culto externo para a qual concorriam uma miríade de sociabilidades e práticas, cuja História reflete intrinsecamente a da cidade do Porto. Assumia-se como uma das principais manifestações religiosas da cidade e a sua saída marcou a celebração da Quarta-feira de Cinzas, o dia seguinte ao Carnaval e o primeiro da Quaresma. Marcada por uma ambivalência profana e religiosa, serão apresentadas algumas das suas principais características e a respetiva evolução ao longo dos séculos.

João Fernandes

Acesso livre, presencial e por videoconferência

Entrar na reunião Zoom

https://us02web.zoom.us/j/87466703250...

ID da reunião: 874 6670 3250

Senha: 613413

terça-feira, 29 de abril de 2025

Curso livre «Portugal, a flor e a foice» - 3 de maio de 2025

 

📍   Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 03 de maio de 2025

 15h00 - 17h00

Património Cultural e Museus antes e depois da democracia

Doutor Luís Raposo

«O domínio do património cultural em sentido amplo pode constituir um campo de análise especialmente revelador se quisermos “ir mais fundo” na análise da verdadeira dimensão do “dia inicial inteiro e limpo”, porque nele se juntam os pontos de vista das classes urbanas com os dos povos das aldeias, na defesa de bens (materiais) e valores (imateriais) que ambos consideramos memoráveis.

Em 1974 o próprio conceito de “património cultural” era ainda em grande medida ignorado. Vivíamos debaixo de décadas de “património artístico da Nação” e de “folclore”. Mas algo estava já a mudar, recordando-nos que uma verdadeira revolução não se resume ao momento do assalto ao palácio.

Disto falaremos nesta sessão, num itinerário que nos levará da arqueologia ao património cultural em geral e deste aos museus.»

Luís Raposo

Arqueólogo

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

segunda-feira, 31 de março de 2025

Curso livre «Portugal, a Flor e a Foice» - 5 de abril de 2025


📍   Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 05 de abril de 2025

 15h00 - 17h00

As Artes e a Revolução

Prof. Doutor José Manuel Tedim

«A Revolução de Abril de 74, para além de ter derrubado a Ditadura e todas as políticas sociais, culturais… do Estado Novo, trouxe os ventos da Liberdade e Democracia que acabariam por contribuir para um movimento de criatividade que atingiu todas as artes, desde a Música, a fotografia, até às Belas Artes.

A Poesia saiu à rua como propôs Vieira da Silva num dos seus cartazes, cartazes muito utilizados por todos os que se empenharam em fazer vencer o movimento cultural proposto pelo Movimento das Forças Armadas, que pretendia garantir o futuro exercício da liberdade política dos cidadãos.

Essas propostas projetaram-se em diferentes suportes, sempre privilegiando a proximidade com as massas populares. Daí a força dos cartazes e as pinturas murais que encheram o país das cores e das mensagens da Revolução.»

José Manuel Tedim

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Palestra das última quinta-feira do mês - 27 de março de 2025



📍   Solar Condes de Resende 

📅 Quinta-feira, 27 de março de 2025

 18:30 – 19:30 horas

 


Eça de Queirós na Roménia

Doutora Cristina Petrescu


«A partir dos anos '20, quando foram publicadas, em revistas, traduções (do espanhol) dos contos O Defunto (1924) e O Tesouro (1926) e trechos do romance O Mandarim (1929), até 2022, quando a Roménia ganhou uma edição bilingue do conto Civilização, estende-se um século de traduções que acolhe uma parte significativa da obra eciana: O Crime do Padre Amaro (1968), A Relíquia (1972), Os Maias (1978 e 2005), O Primo Basílio (1983), A Cidade e as Serras (1987), os poemas do heterónimo coletivo Fradique Mendes (2021) e vários contos espalhados pelas antologias. Pretendemos, através do presente trabalho, para além de transmitir e comentar a principal bibliografia ativa e passiva (teses de licenciatura e doutoramento, artigos científicos) publicada na Roménia, delinear aspetos como a intervenção da censura comunista (que, em Os Maias, eliminou qualquer referência óbvia ao incesto, reescreveu termos ideológicos e políticos e suprimiu trechos que ameaçavam a imagem idealizada do país) e realizar o panorama da receção da sua obra em romeno, evidenciando a especificidade deste diálogo intercultural.»

Cristina Petrescu


Acesso livre, presencial e por videoconferência

 

https://us02web.zoom.us/j/85348248950?pwd=yxHGWOUhJipAPFwAuQQfaNGLdq8t0E.1

ID da reunião: 853 4824 8950

Senha: 664940

terça-feira, 18 de março de 2025

Curso livre «Portugal, a Flor e a Foice"



📍   Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 22 de março de 2025

 15h00 - 17h00

"Quando pertencer ao povo o que o povo produzir": poder popular e socialismo durante a Revolução Portuguesa (1974-75)

Prof. Doutor Ricardo Noronha

«Esta aula aborda as dinâmicas de mobilização coletiva e conflituosidade social durante o processo revolucionário português, bem como os projetos elaborados para dar forma a um projeto de transição socialista durante o verão de 1975. O seu objetivo é analisar um conjunto de práticas discursivas, imaginários simbólicos e padrões de sociabilidade, bem como a sua materialização em repertórios de ação coletiva, e em formas de auto-organização assentes no exercício da democracia direta, dos quais o nome mais comum foi "poder popular". Ao explorar a política feita a partir de baixo durante o processo revolucionário, a aula procurará questionar narrativas e modelos explicativos de pendor elitista, que reduzem o período histórico em questão a uma disputa por diferentes facções político-militares.»

Ricardo Noronha

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

quarta-feira, 5 de março de 2025

Curso livre «Portugal, a Flor e a Foice" 08 de março de 2025

📍   Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 08 de março de 2025

 15h00 - 17h00

Liberdade, querida liberdade: Canções de protesto, de intervenção e outras músicas

Prof. Doutor Jorge Castro Ribeiro

«Nesta aula, a partir de uma seleção de canções compostas entre os anos da ditadura e a estabilização do regime democrático - passando, obviamente, pelos anos revolucionários - são caracterizados os aspectos estruturais e distintivos desta produção cultural específica. Será dada ênfase aos contextos políticos, artísticos e ideológicos nos quais as canções e os seus criadores emergiram e fizeram o seu percurso. Também serão explorados os contrastes e as transformações que as canções experimentaram, analisando algumas das suas influências, os conteúdos que veicularam e as tensões que envolveram os seus principais criadores. Terminaremos olhando para o impacto e legado destas canções, bem como dos seus criadores, na sociedade portuguesa.»

Jorge Castro Ribeiro

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Palestra da última quinta-feira do mês - 27 de fevereiro de 2025

 


📍   Solar Condes de Resende 

📅 Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

18:30 – 19:30 horas

“Entre a Arcada e S. Bento” – Eça de Queirós vê Lisboa

Mestre Irene Fialho

«Uma das primeiras publicações de um muito jovem Eça de Queirós, no jornal Gazeta de Portugal, em 1867, intitula-se «Lisboa». Trata-se da visão de um recém-chegado à cidade, mas é também a reflexão de alguém recém-chegado a um mundo que só conhece impresso, através de livros e jornais. A Lisboa que encontra é uma paisagem povoada pelos seus preconceitos, sobretudo de carácter literário, ainda influenciados pelo romantismo mas já também pelas novas escolas literárias.

Quando inicia a sua carreira diplomática, o escritor passa a ver Lisboa de longe, recorrendo à memória. Passam a ser os narradores dos seus romances a descrever Lisboa, as personagens a comentá-la. À medida que se distancia de Lisboa, amplia as suas impressões e transmite-as ao leitor, deixando o mais completo retrato literário do século XIX no que respeita à paisagem da Capital. São estas paisagens, tal qual Eça de Queirós as viu, que se pretendem apresentar e descrever.»

Irene Fialho

Acesso livre, presencial e por videoconferência

Ingressar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/85363030060?pwd=DRBclaZ7PyCr95pMjIrPWDftlGeUxF.1

ID da reunião: 853 6303 0060
Senha: 565591

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Curso livre «Portugal, a Flor e a Foice» - 15 de fevereiro de 2025

 


📍   Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 15 de fevereiro de 2025

⌚ 15h00 - 17h00

EDUCAÇÃO: 25 é metade de 50 ou 50 é o dobro de 25?

Prof. Doutor David Rodrigues

Conselheiro Nacional de Educação

"A Educação foi, certamente uma das áreas que mudou mais dramaticamente com a 25A74. Fruto de um modelo de educação familiar, restrita e elementar, chegamos a 1974 com cerca de 35% de pessoas analfabetas (das quais muito mais eram mulheres que homens). Hoje, passados 50 anos 50% dos jovens com 18 anos frequentam a Educação Superior. Nesta comunicação estabelecemos um percurso desde os três "Dês" (Democratizar, descolonizar e desenvolver) do 25A74 para cinco "Dês" que são agora as nossas prioridades em Educação (Dimensão, Diversidade, Desigualdade, Democracia e Direitos e Deveres Humanos)."

David Rodrigues

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Curso livre sobre "Portugal, a Flor e a Foice" - 1 de fevereiro de 2025

 


A FOTOGRAFIA E O 25 DE ABRIL DE 1974

O 25 de Abril de 1974 constituiu um dos principais momentos da História Contemporânea de Portugal cujo acontecimento foi, naturalmente, veiculado através de vários meios de comunicação, nacionais e estrangeiros. A fotografia foi um desses meios de comunicação.

Antes de serem conhecidos, em Portugal, os cravos como símbolo da Revolução, já estes seguiam para as agências noticiosas Sigma e Gamma-Rapho captados pelas lentes de fotojornalistas estrangeiros, como Jean-Claude Francolon e Henri Bureau. O vermelho vivo dos cravos, contrastava com o preto e branco e cinzentos de uma fotografia oficial, anterior a 1974, feita de retratos, corta-fitas e vislumbres do pitoresco. Como era a fotografia antes de abril de 1974? Como viram os fotógrafos portugueses e estrangeiros, profissionais e amadores, a Revolução? Que caminhos seguiu a fotografia depois de 1974? Objeto ou documento, a fotografia tem sido utilizada pelos historiadores como complemento ao discurso escrito, mas é uma das mais importantes formas de comunicação, hoje abundantemente veiculada pelas redes sociais. E no tempo da Inteligência Artificial, mais do que nunca importa saber ler e interpretar fotografias.

Nuno Resende

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Curso livre "Portugal, a Flor e a Foice..." - 18 de janeiro de 2025


📍 Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 18 de janeiro

⌚ 15h00 - 17h00

A Rádio e o valor da Liberdade – 50 Anos depois de abril
António Barros Cardoso
Professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

«Passaram em 2024, 50 anos sobre um acontecimento maior da nossa história recente – O “25 de abril”. Vivi, esses tempos de reconstrução do modo de ser português à luz dos valores da “liberdade, igualdade e fraternidade”, como muitos dos cidadãos portugueses da minha geração, de forma intensa. Aqueles valores, que o liberalismo procurou afirmar no século XIX e que o Estado Novo fez hibernar, ao longo de boa parte do século XX. Mas, sabemo-lo bem, a História é marcada por ciclos, de acordo com o seu principal objeto de estudo – O Homem – abria-se agora um novo tempo. Ao ser desafiado neste curso a recordar e a partilhar a minha experiência naqueles momentos em que Portugal voltou a escancarar as portas da esperança, resolvi rebuscar as memórias que guardo sobre a Rádio antes e depois de abril. Nessa época era ainda um portentoso meio de comunicação, vigiadíssimo pelo regime deposto pelos militares de abril que devolveram a palavra ao povo.»

António Barros Cardoso

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Curso livre "Portugal, a Flor e a Foice..." - 4 de janeiro de 2025

 Solar Condes de Resende, Canelas

 Sábado | 4 de janeiro de 2025

 15h00 - 17h00

«A censura, a PIDE, as cadeias, o Tarrafal»

Prof. Doutora Rita Luís

Instituto de História Contemporânea

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

«Sendo um regime político ditatorial, autoritário, autocrático e corporativo, o Estado Novo utilizou diversas formas de controle e repressão sobre os cidadãos e as suas organizações políticas, cívicas, culturais e laborais. De entre elas, a censura prévia sobre a imprensa e as publicações em geral, as emissões de rádio e depois as de televisão. Uma outra foi a reorganização de uma polícia política repressiva e controladora da sociedade em geral, a PIDE, que podia deter e submeter a tortura os detidos sem que estes acedessem a possibilidades de acompanhamento e defesa jurídicos, metidos em cadeias como presos políticos em condições arbitrárias, das quais a mais sinistra foi o campo de concentração do Tarrafal em Cabo Verde que funcionou entre 1936-1954 e 1961-1974.»

J. A. Gonçalves Guimarães, ASCR-CQ

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.