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terça-feira, 12 de novembro de 2024

Curso livre «Portugal, a flor e a foice" - 16 de novembro de 2024



Alertamos para alteração da data prevista da sessão, antecipando-se a aula do dia 30 de novembro.

📍 Solar Condes de Resende, Canelas

📅 Sábado | 16 de novembro

⌚ 15h00 - 17h00

O Estado Novo: uma “nova e estimulante” interpretação.

Prof. Doutor José António Mendonça Pereira de Oliveira

    «A divulgação histórica implica produção de conhecimento rigoroso, fundamentado, sistemático, baseado em fontes preferencialmente primárias, que permitam uma interpretação do passado. Uma das grandes dificuldades deste desiderato (além de muitas outras), é a proximidade do investigador com o objeto de estudo (proximidade física, temporal, ideológica, social…).

Todo o discurso histórico é pessoal, revelando uma determinada interpretação dos factos (subjetividade), daí estar sujeito, como todo o conhecimento científico, ao contraditório, ao debate, a novas abordagens/interpretações e, eventualmente, a correções. É um conhecimento dinâmico. Como afirmou Maria de Fátima Bonifácio (1993), «no limite, a linguagem histórica devia ser tão árida, tão neutra e tão concisa como uma aritmética: uma forma anti literatura».

Todo o fenómeno social é complexo, na sua génese, no seu devir e nas suas consequências, bem como na sua apreensão e explicação. O período denominado de Estado Novo (1933-1974), por maioria de razão, é um exemplo dessa complexidade.

Esta comunicação apresentará novas e recentes interpretações sobre este período da História de Portugal. Não tomaremos partido por A ou B, apenas partilharemos visões diferentes do mesmo fenómeno. Falaremos de História.»

José António Oliveira

Frequência implica inscrição e pagamento prévios; possibilidade de pagamento de aula avulsa.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - 31 de outubro de 2024



Palestra da última quinta-feira do mês 

📍   Solar Condes de Resende 

📅 Quinta-feira, 31 de outubro de 2024

 18:30 – 19:30 horas

A Química oculta nas Ciências Forenses: a relevância da recolha e tratamento de amostras na construção da Cadeia de Custódia

Inês Alves

Mestre em Química, especialista em Perícias Forenses

Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses

"Diluída na contemplação do universo precipitou, pela razão, na ciência que estuda a composição, propriedades e alterações da matéria. É sobejamente reconhecida pela transformação do mundo moderno e imprescindível pela ordem, criatividade e rigor com que presenteia as Ciências Forenses.

A presente sessão terá como propósito evidenciar a abrangência da química nas Ciências Forenses e a pertinência da mesma, ab initio, na construção da cadeia de custódia da prova através de métodos e técnicas que permitam o escrutínio contínuo dos vestígios e a sua posterior valoração em tribunal."

Inês Alves

Acesso livre, presencial e por videoconferência

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/87226620418?pwd=lBgXGMlaaXyVJJznr0QkH1Oj8QdkJh.1

ID da reunião: 872 2662 0418
Senha: 087917

sábado, 21 de setembro de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - 26 de setembro de 2024

 


Ao Desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar

No mundo graves tormentos;

E, para mais me espantar,

os maus vi sempre nadar

Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim

O bem, tão mal ordenado,

Fui mau, mas fui castigado.

Assim que só para mim

Anda o mundo concertado.

 

Camões 

O meu Camões de trazer por casa

Neste ano de 2024 comemoram-se os 500 anos d0 nascimento de Laís Vaz de Camões, escrivão, soldado e poeta português do século XVI. Pela sua vida e obra é considerado o símbolo humano e literário de Portugal e dos Portugueses. Nestas circunstâncias vamos ter conferências, exposições, edições e obras de Arte que o redescubram, expliquem, reinventem ou simplesmente o recordem e lhe apreciem a palavra e o pensamento. Nesta palestra vou falar sobre o «meu» Camões que me acompanha desde o berço e partilhá-lo com quem me quiser ouvir. E também ouvir falar do «vosso» Camões.

 

J. A. Gonçalves Guimarães

historiador


Acesso livre presencial e por videoconferência

Acesso à videoconferência:

https://us02web.zoom.us/j/81533835628?pwd=sFAEG2qhXdN4aKUgwGImCsu8DqwTu1.1

ID da reunião: 815 3383 5628
Senha: 607128

 


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Curso livre «“Portugal, a Flor e a Foice” (J. Rentes de Carvalho), comemorativo dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril».

 


Curso livre «“Portugal, a Flor e a Foice” (J. Rentes de Carvalho), comemorativo dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril».

No ano letivo 2024/2025 e integrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, tendo como mote os textos de J. Rentes de Carvalho intitulados “A Revolução Exemplar e a Revolução Invisível”, publicado em 1978 no catálogo da exposição Bewusttwording in Portugal (Consciencialização em Portugal) pelo Museum Boymans-van Beuningen, Roterdam, e o livro “Portugal, a Flor e a Foice” (Quetzal, 2014), será realizado um curso livre sobre as origens e alcance da Revolução do 25 de Abril em termos de História Contemporânea com aulas ministradas por investigadores universitários nas diversas matérias do programa. Como habitualmente as aulas decorrerão de forma presencial ao sábado à tarde no pavilhão do Solar Condes de Resende, entre as 15 e as 17 horas, havendo também a possibilidade de assistência via Zoom. A todos os frequentadores inscritos serão passados certificados de frequência e, no caso dos inscritos que sejam docentes e que o requeiram, a creditação do mesmo pelo Ministério da Educação. A frequência de curso todo ou de aulas avulsas implica o pagamento prévio da propina estipulada no boletim de inscrição.

Inscrição e Programa em www.queirosiana.pt

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - 01 de agosto de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês

excecionalmente este mês é no dia 01 de agosto de 2024, 18.30-19.30 horas

Acesso livre presencial e por videoconferência

Das ruas e dos salões do Império à Era da Rádio: Um século de canções do Brasil (1830-1930)

Resultante da confluência e da mestiçagem das tradições europeia, africana e ameríndia, a música brasileira, com a sua riqueza e diversidade estilística, formal e rítmica é, atualmente, uma das mais escutadas, apreciadas e influentes, em todo o mundo.

Na presente conferência-concerto, procurar-se-á, através da audição e contextualização de algumas canções das centúrias de oitocentos e novecentos, esboçar uma introdução à história e análise formal e estilística das tradições musicais, de expressão erudita e popular, do Brasil. 

"Dança do Lundu", Johann Moritz Rugendas In Viagem Pitoresca Através do Brasil, 1835.

Palestra-concerto pelo historiador Dr. Henrique Guedes (ASCR-CQ) com a atuação do grupo musical Eça Bem Dito dirigido pela pianista Maria João Ventura.

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/81863646584?pwd=WBIUgKGJyQuDhrakueWPK53gNoW7Nr.1

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - 27 de junho de 2024


 Palestra da última quinta-feira do mês

Solar Condes de Resende
Quinta-feira, 27 de junho de 2024, 18:30 – 19:30 horas

A Cultura a nível local antes, após o 25 de Abril e hoje: conceitos, instituições e agentes.

J. A. Gonçalves Guimarães
Professor de Património

A Cultura é para todos. Todos nela somos bem-vindos. Mas a Cultura, como as outras áreas do saber humano, também tem profissionais. E, como também acontece noutras áreas do saber, sobre Cultura convém ouvir os profissionais, os que para tal estudaram, dela sabem os conceitos, trabalham nas instituições que a produzem e difundem e são os seus principais agentes. A Cultura não é um fait divers nem uma ocupação de tempos livres, embora, como muitas outras atividades sociais, seja assim que muitas vezes nos apareça ou que seja promovida. Nesta palestra o orador vai refletir sobre a sua experiência como profissional da Cultura na sociedade, no ensino e como trabalhador autárquico.

Acesso livre presencial e por videoconferência

Entrar Zoom Reunião


ID da reunião: 868 0006 6611

Senha: 320944

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Jornadas Europeias de Arqueologia 2024 - Solar Condes de Resende - 14 de junho de 2024 - 21h30

 No âmbito das Jornadas Europeias de Arqueologia, o Solar Condes de Resende organiza o encontro "O Castelo de Gaia na Antiguidade Tardia", no dia 14 de junho (sexta-feira) às 21h30.

A zona designada como Castelo de Gaia dispõe de um conjunto de vestígios de elevado interesse arqueológico que revelam uma longa ocupação, atestando a presença humana no local desde a Idade do Ferro, com vestígios de particular relevância para a posterior fase de transição do mundo romano para o medieval.

A importância deste período reside no marcante processo de difusão do cristianismo pelo Império Romano, de que são conhecidas evidências materiais neste local desde os anos 80 do século XX, continuamente reafirmadas pelos resultados das subsequentes intervenções arqueológicas até à atualidade.

Neste sentido, serão apresentadas comunicações por Andreia Arezes (FLUP/CITCEM), J. A. Gonçalves Guimarães (ASCR-CQ) e André Nascimento, Filipe Pinto, Mário Gonçalves e Sofia Soares (Empatia – Arqueologia, Conservação e Restauro Lda.), que abordarão diferentes perspetivas e enquadramentos deste sítio arqueológico.

Entrada livre

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês - excecionalmente sexta-feira - 26 de abril

 

Palestra da última quinta-feira do mês 

Solar Condes de Resende 

Excecionalmente sexta-feira, 26 de abril de 2024, 18:30 – 19:30 horas 

Hinos Revolucionários dos séculos XVIII ao XX

J. A. Gonçalves Guimarães

         As grandes convulsões sociais, geralmente conhecidas como revoluções, originaram canções, que ficaram como emblemas sonoros que as definiram e perpetuaram. Desde A Marselhesa (1792), passando pelos hinos constitucionais; A Internacional (1871); A Portuguesa (1890), Le Chant des Partisans (1941); Para Não Dizerem Que Não Falei das Flores (1968), até ao Grândola Vila Morena (1971), muitos outros cânticos foram tidos como hinos-bandeira de um movimento, de uma atitude, de uma mudança. Com algumas alterações melódicas ou orquestrais, mas também na letra, muitos acabaram por se transformar em hinos nacionais e até internacionais. Nesta conferência-concerto será abordada a sua origem, significado e evolução. A parte da demonstração musical estará a cargo do agrupamento Eça Bem Dito dirigido pela pianista Maria João Ventura.

Acesso livre presencial e por videoconferência

Entrar Zoom Reunião

ID da reunião: 847 6994 1820
Senha: 028054

segunda-feira, 15 de abril de 2024

14ª sessão Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

 

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 20 de abril de 2024 – 15-17h

Regionalismos e internacionalismos

Prof. Doutor Nuno Resende

No tempo do digital, de desmaterialização do lugar cartesiano, é incompatível o local/regional, por oposição ao global? Somos todos globais? E qual é o papel da História nesta aparente dialética? Sobretudo, qual é o papel do Historiador, amiúde comprometido com a manutenção de um culto ao Passado, nesta equação? Como resolverá ele esta fórmula em que o Presente, o imediato, se sobrepõe ao longínquo e “obsoleto” ontem? Questões para reflexões urgentes sobre uma mudança imediata de papéis: do Historiador-sacerdote, ao Intérprete, Mediador ou Consultor. Ou de como reconciliar o aparentemente irreconciliável.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Espólio do escritor José Rentes de Carvalho

 

            No passado dia 13 de março, vindo de Amsterdam em dois furgões, chegou à sede da associação Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, no Solar Condes de Resende, Vila Nova de Gaia, o espólio do escritor José Rentes de Carvalho por este oferecido à associação através de «Declaração de cedência de espólio pessoal» assinada a 24 de agosto de 2024 e pela qual a referida associação passa a ser proprietária da totalidade dos dito espólio, salvo disposição contrária prevista em lei aplicável. Comprometeu-se a mesma a manter o espólio recebido como um todo, devidamente inventariado e disponível para divulgação e estudos nas melhores condições, mencionando sempre a sua proveniência, tendo como curadores do mesmo Joaquim António Gonçalves Guimarães, doutor em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e Maria de Fátima Teixeira, mestre em História Contemporânea pela mesma faculdade, enquanto estiverem ao serviço da associação. Para além da sua divulgação e utilização públicas, sempre que solicitada, a entidade beneficiária dará conta do seu estado, localização e utilização ao doador ou aos seus representantes legais. Para além da sua exposição parcelar no Solar Condes de Resende, a associação vai concorrer a formas de mecenato para proceder à inventariação arquivística do mesmo e sua disponibilização digital, para além da publicação de um catálogo exaustivo.

            No próximo dia 04 de abril a associação dos Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, vão organizar uma sessão simbólica de receção deste espólio no Solar Condes de Resende, que contará com a presença da vereadora do Pelouro da Cultura e da Programação Cultural, Eng.ª Paula Carvalhal, em representação do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e do Eng.º Mário Duarte, diretor municipal para a Cidadania e a Dr.ª Maria José Fernandes, diretora do Departamento de Cultura e Juventude e o Mestre João Fernandes, responsável pelo Solar Condes de Resende, e à qual assistirão os membros dos corpos gerentes e associados da ASCR-CQ e outros amigos e admiradores do escritor.

 

A direção

quarta-feira, 3 de abril de 2024

13ª sessão do curso livre sobre "40 anos depois: História Local e Regional"

 


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 6 de abril de 2024 – 15-17h


De súbditos a cidadãos

Professor Doutor Pedro Bacelar de Vasconcelos

«É o Porto o centro da efervescência revolucionária que resiste e conspira para acabar de vez com a situação miserável do Reino, primeiro saqueado pelas tropas napoleónicas e depois ocupado pelos militares britânicos que após a expulsão dos franceses ficariam a governar por delegação do Monarca que permanece refugiado no Brasil, na companhia da sua corte…

É no Porto, a 24 de Agosto de 1820, que os insurretos reunidos nos Paços do Concelho criam a “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino" que finalmente põe cobro à condição de “colonato britânico” a que, de facto, o país se encontrava submetido, exigem o regresso de João VI e reclamam uma Constituição que, em nome do Povo, acabe com o regime absolutista.

A primeira Constituição portuguesa será aprovada pelas Cortes Constituintes em Setembro de 1822 e é a expressão mais genuína e audaciosa da corrente do liberalismo democrático que percorre a Europa e as Américas e que anuncia as novas instituições políticas da era moderna!».

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

segunda-feira, 25 de março de 2024

 

Da Cultura a nível local

 

        No passado dia 1 de março, e como habitualmente desde há 34 anos, participei no Fórum Avintense, acontecimento notável à escala local, resultante do empenhamento de algumas coletividades, mas desde o início assumido pela Junta de Freguesia. Nem no restante Município de Vila Nova de Gaia, nem mesmo no País, haverá iniciativas semelhantes com tamanha persistência, não obstante aqui terem começado a ser promovidas logo em 1983 com a criação, por professores e alunos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, do então Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia. Lembro-me ainda que o historiador Fernando Peixoto, quando foi presidente da Junta de Freguesia de Santa Marinha, no ano de 1999 promoveu algo semelhante de que se publicaram as respetivas atas, mas que da segunda edição, tendo entretanto aquela autarquia mudado de presidente e de orientação política, já o mesmo não aconteceu. Em Mafamude, em tempos mais recentes, uma coletividade, em colaboração com a respetiva Junta de Freguesia, também organizou um colóquio sobre a História Local, com o contributo dos investigadores do Gabinete de História, Arqueologia e Património da Confraria Queirosiana, mas cujas prometidas atas jamais foram publicadas, sendo as comunicações dispersas por várias publicações. E nada mais. No que diz respeito a este Fórum Avintense as atas têm vindo a ser publicadas, tendo sido agora lançado o livrinho referente às apresentadas em 2015.

            Não se trata de um encontro de profissionais de nenhuma das áreas do saber, mas sim de cidadãos que, independentemente da sua formação de base ou profissão, entendem dever apresentar ali os seus conhecimentos, reflexões, opiniões ou anseios sobre diversos aspetos da vida local do passado e do presente, e mesmo os quereres de futuro, em generoso convívio de testemunhos e diálogos, mesmo quando eles estão à partida inquinados por um exacerbado bairrismo muito próprio das comunidades eivadas de desnecessários autoelogios, como é o caso de Avintes, terra da famosa broa, de um não menos famoso rosé e de outros mimos enogastronómicos, para além de escultores e outros artistas, de Adriano Correia de Oliveira, do Teatro amador e do novelista José Vaz, entre muitas outras referências. As coisas são o que são e valem o que valem e certamente muito para os naturais e, quantas vezes, também para o mundo.

            Este ano o mote do encontro foi «Avintes: o antes e o depois do 25 de Abril de 1974», empenhada que está a sociedade portuguesa em refletir sobre o meio século que já passou sobre aquela transformadora data. Para além de vários memorialistas locais, alguns historiadores profissionais quiseram também estar presentes, nomeadamente João Luís Fernandes do Solar Condes de Resende, que apresentou um estudo de História da Arte sobre uma tela pintada com uma pouco habitual Ceia de Cristo do século XVII ou princípios do seguinte, encontrada nas obras de recuperação da Quinta da Agraceira, e eu próprio que apresentei a comunicação «A Cultura a nível local, antes, após o 25 de Abril e hoje. Conceitos, instituições e agentes», assunto difícil de sintetizar num quarto de hora, mas de que ficou a metodologia para continuar a apresentá-lo e a debatê-lo noutros espaços com mais vagares, que o assunto merece uma reflexão profunda e eu próprio fiquei com uma desiludida constatação quando me pus a trabalhar os dados: a Cultura em geral, e mormente a nível local, pela voz e convicção dos partidos políticos, de um modo geral, ainda não saiu do infantário, ainda não evoluiu do joguinho de habilidades, do fait divers, da coleção de inutilidades, da literatice, do bonito anel artístico para por no dedo das conveniências. Para a maior parte deles, a Cultura são os “artistas”, as “coletividades”, as velhinhas a tocar cavaquinho, os jovenzinhos a arremedar os festivais da Tv, os “amadores”, o senhor que faz sonetos e o que toca sonatas, ou sonoridades várias, sonolências diversas e diversas banalidades. Desprezam o trabalho e as produções dos profissionais e acham que Cultura é inspiração ou mesmo “dom com que se nasce”, e sempre coisa muito diferente da Ciência, aquela chatice vária que é preciso estudar. Para tal analisar recorri aos textos dos manifestos políticos dos partidos candidatos às autarquias para o mandato 2021-2025, mas nem sempre tive sorte, pois embora o mandato ainda decorra, já nem todos estão disponíveis na Internet. Mas mandei um e-mail a todos os partidos a solicitá-los e alguns responderam afirmativamente. Outros não, nada. Para colmatar essa ausência em relação aos partidos dos quais não consegui aquele manifesto, recorri aos textos dos programas eleitorais para as Legislativas de 2022. Afinal o que eu procurava era simples e universal: que conceito ou conceitos tinha cada partido de Cultura; quais as instituições que conhecia e qual a opinião dobre o seu funcionamento; quais os agentes que considerava para o desenvolvimento do setor, a nível de profissionais, semi-profissionais e amadores, e da sua relação com os diferentes públicos.

Para haver o menos equívocos possíveis num setor que muito a tal se presta, comecei por apresentar o conceito de Cultura tirado da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (VIII: 222 e 224) dirigida por António Sérgio, como sendo um «exercício, aperfeiçoamento das faculdades intelectuais… Conjunto de conhecimentos de alguém; instrução. Vida intelectual, ou pensamento crítico e reflexivo do indivíduo, de uma época ou de um país», advertindo que este conceito não era o único. Depois apresentei uma elencagem das diversas áreas da Cultura, mas temendo que alguém a quisesse continuar a reduzir às Artes, à Literatura e pouco mais, “pondo fora” as Ciências, socorri-me das atas do colóquio «A Ciência Como Cultura» realizado em Lisboa em 1992 sob a égide do Doutor Mário Soares, então Presidente da República, cujas lições permanecem atuais. Depois falei nas diversas instituições existentes antes daquela data e das criadas já em regime democrático e do facto de Vila Nova de Gaia não ter querido ter no seu território uma universidade privada nos anos oitenta do século passado. Não me ficou quase tempo nenhum para analisar o que sobre tudo isto pensam (ou não pensam…) os partidos políticos candidatos à administração autárquica e por isso de tal falarei noutra oportunidade. Mesmo assim concluí: «A Cultura é para todos. Todos nela somos bem-vindos. Mas a Cultura, como as outras áreas do saber humano, também tem profissionais. E, como também acontece noutras áreas do saber, sobre Cultura convém ouvir os profissionais, os que

para tal estudaram, dela sabem os conceitos, trabalham nas instituições que a produzem e são os seus principais agentes».

            Não, por agora não concluirei que «a ciência realmente só tem alcançado tornar mais intensa e forte uma certeza – a velha certeza socrática da nossa irreparável ignorância. De cada vez sabemos mais – que não sabemos nada» (Eça de Queirós, Notas Contemporâneas, O bock ideal). Nós, os profissionais da Cultura, já sabemos algumas coisas úteis e belas, e por isso é bom que nos distingam dos trampolineiros.

 

J. A. Gonçalves Guimarães

secretário da direção

 

                                            A equipa que transportou e recebeu o espólio; fotografia de Ana Neves


Espólio do escritor José Rentes de Carvalho

         No passado dia 13 de março, vindo de Amsterdam em dois furgões, chegou à sede da associação Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana, no Solar Condes de Resende, Vila Nova de Gaia, o espólio do escritor José Rentes de Carvalho por este oferecido à associação através de «Declaração de cedência de espólio pessoal» assinada a 24 de agosto de 2024 e pela qual esta passa a ser proprietária da totalidade do dito espólio, salvo disposição contrária prevista em lei aplicável. Comprometeu-se a mesma a mantê-lo como um todo, devidamente inventariado e disponível para investigação e divulgação nas melhores condições, mencionando sempre a sua proveniência, tendo como curadores do mesmo Joaquim António Gonçalves Guimarães, doutor em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e Maria de Fátima Teixeira, mestre em História Contemporânea pela mesma faculdade, enquanto estiverem ao serviço da associação. Para além da sua divulgação e utilização públicas, sempre que solicitada a entidade beneficiária dará conta do seu estado, localização e utilização ao doador ou aos seus representantes legais. Para além da sua exposição parcelar no Solar Condes de Resende, a associação vai concorrer a formas de mecenato para proceder à inventariação arquivística e disponibilização digital, para além da publicação de um catálogo exaustivo.

            No próximo dia 4 de abril a associação vai organizar uma sessão simbólica de receção deste espólio no Solar Condes de Resende, que contará com a presença da vereadora do Pelouro da Cultura e da Programação Cultural, Eng.ª Paula Carvalhal, em representação do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, além do responsável pelo serviço, Dr. João Fernandes, membros dos corpos gerentes, associados, amigos e admiradores do escritor.

            Entretanto já em 22 de dezembro passado a Câmara Municipal de Mogadouro tinha aprovado um voto de louvor ao escritor por ter sido considerado “Personalidade do Norte 2023” pela CCDR-Norte, estando prevista a inauguração de uma sua estátua nesta localidade em 31 de maio próximo.

 

Assembleia geral da ASCR-CQ




                                        A mesa a dirigir os trabalhos da assembleia geral; fotografia de Fátima Teixeira

No passado dia 21 de março realizou-se no Solar Condes de Resende a assembleia geral ordinária desta associação sob a orientação da mesa composta pelo presidente Sr. César Oliveira, ladeado pelos secretários, Prof. Doutor Nuno Resende e Dr. Henrique Guedes, a qual aprovou o relatório e contas referentes a 2023, apresentados respetivamente pelo presidente da direção Prof. Doutor José Manuel Tedim e pelo secretário Prof. Doutor J. A. Gonçalves Guimarães, tendo as contas sido apresentadas pelo tesoureiro Dr. Manuel Moreira e o parecer do conselho fiscal pelo seu presidente Dr. Manuel Filipe Dias de Sousa. A assembleia aprovou ainda um voto de louvor à direção pelo trabalho desenvolvido no ano transato.

 

A ASCR-CQ em Lisboa

Entre os dias 14 e 17 de março passado o secretário da direção esteve em Lisboa em contato com várias entidades e associados que têm a ver com diversos programas em desenvolvimento pela associação. Assim, no dia 15, logo pela manhã, visitou o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa em Campolide, onde foi apresentar o programa do próximo curso que decorrerá a partir de outubro no Solar Condes de Resende sobre as circunstâncias do 25 de Abril, as suas origens, desenvolvimentos e aspetos mais particulares a serem tratados por historiadores daquele Instituto que sobre tal têm produzido investigação.

Nesse mesmo dia, às 21 horas, J. A. Gonçalves Guimarães foi recebido na Sala de Convívio do Lote 398, em Olivais, bem perto do Agrupamento de Escolas Eça de Queirós, num clube de condomínio fundado em 1976 e presentemente dirigido pelo Dr. Fernando Murta Rebelo e pela Dr.ª Ana Cristina Henriques, que ali desenvolvem um incidente programa cultural, conforme o atestam muitas fotografias, diplomas, livros e outros objetos expostos na sala e o descreve uma interessante publicação que conta a História desta associação. Com uma sala cheia, tendo na assistência os confrades Dr. Manuel Nogueira e Dr. César Veloso, e também a Dr.ª Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, presidente da Junta de Freguesia de Olivais e outros elementos da autarquia local, que assistiram à conferência, o orador falou sobre «Roteiros Queirosianos em Portugal e no estrangeiro», seguida de animado debate.

No dia seguinte, 16 de março, J. A. Gonçalves Guimarães e Manuel Nogueira representaram a ASCR-CQ na assembleia geral e encontro nacional de grupos de amigos filiados na Federação Portuguesa dos Amigos dos Museus de Portugal (FAMP), que decorreu no Palácio Fronteira e Alorna, com a presença do presidente da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Dom António Maria Infante da Câmara Mascarenhas, do vice-presidente, Dr. Joel Moedas Miguel, da presidente da sua associação de amigos, Dr.ª Maria Berta Marques Bustorff da Silva, da presidente da direção da FAMP, Dr.ª Maria do Rosário Alvellos e do Prof. Doutor Mário Antas, representante da Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.. Na assembleia geral para aprovação do relatório e contas foram ainda referidas as relações da FAMP com o Conselho Nacional de Cultura, a Museus e Monumentos de Portugal, de cujo conselho consultivo faz parte, o Instituto do Património Cultural, a WFFW – World Federation of Friendes of Museums, que instituiu o 2.º domingo de outubro como o Dia Europeu dos Grupos de Amigos, a realização de encontros de jovens, e as relações com o ICOM e a APOM.

Depois de uma visita ao Palácio e do almoço na sala de jantar do mesmo, decorreu na Sala das Batalhas o encontro das associações presentes, com intervenções dos representantes dos grupos de amigos da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Museu do Ar, Museu Nacional do Azulejo, Monserrate, Museu Nacional dos Coches, Museu Nacional Machado de Castro e Solar Condes de Resende. Sobre esta última instituição, fechou o encontro a comunicação a cargo do secretário da ASCR-CQ que ali explicou o seu funcionamento e propósitos.

No dia seguinte, e antes de regressar a Vila Nova de Gaia, o secretário teve ainda oportunidade de reunir com o vice-presidente da direção, Prof. Doutor Luís Manuel de Araújo, em vésperas deste partir para uma nova visita guiada ao roteiro queirosiano do Egito, sobre vários aspetos da vida da associação e do número da Revista de Portugal para o presente ano.

 

Curso sobre História Local e Regional


                                O Coronel Velludo (Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho): fotografia de Maria de Fátima Teixeira


Prosseguem no Solar Condes de Resende as aulas, presenciais e por videoconferência, do curso livre «40 anos depois: História Local e Regional» evocativo das 1.as Jornadas de História Local e Regional realizadas pelo Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia em 1983. No sábado 02 de março o Prof. Doutor Barros Cardoso da FLUP falou «Nas origens das ideias iluministas – “luzes e sombras”» que estiveram no dealbar da Europa e do Portugal contemporâneos, e no sábado 16 de março o Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho, do IPP, apresentou uma aula sobre o tema «Entre Corcundas e Malhados», na forma de stand up History, um conceito utilizado no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, mas pouco habitual entre nós, sob «a forma de palestra encenada e narrativa, usando uma imersão em primeira pessoa de alguém, real ou ficcionado, é um recurso de partilha de conhecimentos», neste caso sobre a Guerra Civil de 1828-1834. O próprio “Coronel Velludo” (o professor) e o uniforme com que se apresentou não são ficcionados, mas sim fruto de pesquisa e confeção de uma réplica, o mais cuidadosa possível, sobre um Oficial do Batalhão do Trem do Ouro, formado durante o Cerco do Porto a partir de efetivos do Batalhão de Artilharia Nacional, integrado no Exército Liberal.

No sábado 23 de março o Prof. Doutor José António Oliveira, também do IPP, falou sobre «Constitucionalismo oitocentista», sendo esta aula também complementar do curso n.º 27 sobre «Revoluções e Constituições», comemorativo dos 200 anos da Revolução de 1820 e lecionado em 2019/ 2020, o qual foi interrompido devido à pandemia quando faltavam duas aulas para acabar, e que agora assim se completa.

 

Palestras

Prosseguem no Solar Condes de Resende as palestras das últimas quinta-feira do mês, presenciais e por videoconferência. Assim no próximo dia 28 de março, o Dr. João Fernandes, historiador da Arte vai falar sobre «Uma Última Ceia da Quinta da Agraceira, Avintes». Como o dia 25 de abril é feriado em que a ASCR-CQ estará presente em diversas atividades comemorativas dos 50 anos dos acontecimentos que tornaram célebre a data, a palestra habitual decorrerá no dia 26 de abril, sexta-feira, sobre o tema «As minhas memórias de Salgueiro Maia» por J. A. Gonçalves Guimarães.

 

500 anos de Camões


A Matriz Portuguesa – Associação para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento vai realizar um vasto programa de celebração do 500.º Aniversário do nascimento de Luís de Camões, entre as quais a Exposição Universal da Matriz Portuguesa, como símbolo da vocação universalista da língua e da cultura portuguesas. A comissão executiva tem como comissário geral o Doutor João Micael e como comissária-geral adjunta a Prof.ª Doutora Annabela Rita da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo já aderido ao projeto, entre várias outras instituições e personalidades, o Grémio Literário, Lisboa, o jornal As Artes Entre As Letras, a Confraria Queirosiana, passando o seu presidente da direção, Prof. Douto José Manuel Tedim, a fazer parte da comissão de honra daquela exposição, e o Professor Doutor Guilherme d’ Oliveira Martins, da administração da Fundação Calouste Gulbenkian, que fará a conferência de abertura naquela primeira instituição no dia 4de junho pelas 18 horas.

XI Festeatro

         Com uma Gala no Auditório Municipal de Gaia, encerrou no passado dia 23 de março o XI Festival de Teatro Amador de Vila Nova de Gaia 2024, organizado pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia com o apoio do Município, o qual decorreu desde o dia 16 de fevereiro com atuações de 10 grupos de Teatro. Na ocasião foram agraciados pela organização todos os grupos participantes e homenageado o ator Fernando “Sousa” Moura, decano dos atores gaienses e elemento do Mérito Dramático Avintense. Entre muitos representantes das diversas coletividades e instituições locais, estiveram presentes a Eng.ª Paula Carvalhal pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, o Dr. Manuel Filipe, dos Auditórios Municipais de Gaia, e pela associação Amigos do Solar Condes de Resende – Confraria Queirosiana o secretário da direção J. A. Gonçalves Guimarães e a Dr.ª Maria de Fátima Teixeira.

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Eça & Outras, III.ª série, n.º 187, segunda-feira, 25 de março de 2024; propriedade da associação cultural Amigos do Solar Condes de Resende - Confraria Queirosiana (Instituição de Utilidade Pública), Solar Condes de Resende, Travessa Condes de Resende, 110, 4410-264, Canelas, Vila Nova de Gaia; C.te n.º 506285685; NIB: 0018000055365059001540; IBAN: PT50001800005536505900154; email: queirosiana@gmail.com; www.queirosiana.pt; confrariaqueirosiana.blospot.com; eca-e-outras.blogspot.com; vinhosdeeca.blogspot.com; coordenação do blogue e publicação no jornal As Artes Entre As Letras: J. A. Gonçalves Guimarães (TE-164 A); redação: Fátima Teixeira; inserção: Amélia Cabral.

quarta-feira, 20 de março de 2024

12ª sessão do curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

 


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 23 de março de 2024 – 15-17h


Constitucionalismo oitocentista

Prof. Doutor José António Mendonça Pereira de Oliveira

O constitucionalismo oitocentista português revela fortes influências externas, embora pincelado com características endógenas, próprias de um país em mudança profunda. Num primeiro momento (primeira metade de oitocentos), estruturou os fundamentos legais do liberalismo e na segunda metade de dezanove evoluiu ao sabor dos interesses de uma elite, mais preocupada em manter o poder do que em resolver os reais interesses e necessidades da grei nacional. O resultado foram os 4 atos adicionais e, mais tarde, a implantação da República em 1910.

Contudo, os 200 anos do constitucionalismo em Portugal, reforçam o primado da lei, a legitimidade do voto, a separação dos poderes, a liberdade igual e igualdade livre, pluralismo, laicidade, liberdade de opinião, de associação e de imprensa, exercício da justiça e justiça distributiva. Na longa duração, o constitucionalismo é um compromisso pelo respeito e liberdades fundamentais, pela dignidade da pessoa humana e pela atenção aos cidadãos, especialmente aos mais fracos, frágeis e colocados em franjas de excluídos.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quarta-feira, 13 de março de 2024

11ª aula do Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

 


Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 16 de março de 2024 – 15-17h

Entre Corcundas e Malhados

Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho

Coronel Alexandre Velludo, nascido na paróquia de Santo Ildefonso em 15 de abril de 1778, filho de Manuel Velludo e Maria Amália, sendo que o Pai foi Mestre de Obras da Igreja da Lapa. Assenta praça como Cadete Artilheiro no Regimento de Artilharia do Porto. Está na Serra do Pilar está com a bateria que faz fogo sobre as tropas de Soult que entram na Cidade a 29 de março de 1809. Como artilheiro voltaria mais tarde com as tropas anglo-lusas sob o comando de Wellesley, participando no Bussaco, Linhas de Torres, Albuera, San Sebastian e até Toulouse. Em 1820 é já Capitão em Artilharia 4 e ajudante do Coronel Sebastião Drago Brito de Cabreira no Quartel de Santo Ovídio. Naquele dia de 24 de Agosto, tomou o seu partido final, o da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Passa pelo fracasso da Belfastada de 1828, a retirada pela Galiza, o exílio em Plymouth e em Angra e a viagem de 10 dias mar até aos areais entre Mindelo e Arnosa de Pampelido, onde desembarca com o Batalhão de Artilharia Nacional a 8 de julho de 1832. Depois o Cerco do Porto e um ano, fechado na sua própria cidade até agosto de 1833. Uma narrativa pessoal de uma História de uma guerra entre Corcundas e Malhados.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Palestra da última quinta-feira do mês

 


Palestra da última quinta-feira do mês
Solar Condes de Resende
29 de fevereiro de 2024, 18,30 – 19,30 horas


«Dos Navegadores Portugueses e suas biografias: entre a História e a apropriação de mitos»

Doutor J.A. Gonçalves Guimarães

Uma amena conversa sobre os navegadores portugueses, as suas façanhas, comemorações, a História e as mitologias desde o século XIX até aos dias de hoje.

Acesso livre presencial e por videoconferência.

Entrar Zoom Reunião
https://us02web.zoom.us/j/83885269423?pwd=NWJnUHZhZTBWM1BlemQ0VkM0VnZIdz09

ID da reunião: 838 8526 9423
Senha: 628316

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

10ª sessão do curso livre sobre «40 anos depois: História Local e Regional»

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 02 de março de 2024 – 15-17h


NAS ORIGENS DAS IDEIAS ILUMINISTAS – “LUZES E SOMBRAS”
Prof. Doutor António Barros Cardoso

Propomo-nos abordar as raízes do pensamento iluminista, o mesmo que serviu de base ao liberalismo, corrente que foi lentamente desenhada no século XVII, mas somente materializada nos quadros institucionais e políticos de finais do século XVIII. Atravessa depois todo o século XIX e ainda no nosso tempo enforma as principais estruturas das governanças europeias. Trata-se de um movimento iniciado no mundo das “academias de ciência”, que se espalharam por boa parte da Europa e que também marcaram presença entre nós. As ideias que nelas se foram cimentando, acabariam por chegar às universidades, transformando-as e dando-lhe a marca do racionalismo filosófico, quer no estudo dos fenómenos naturais, quer na produção de obras sobre o conhecimento do homem e da sua vida em sociedade. Nesse percurso fez-se regredir o eurocentrismo, reconhecendo grau civilizacional aos outros povos. Impôs-se a boa razão, contrária à razão particular e soube-se materializar esse legado em obras como a “Enciclopédia”, uma espécie de “suma filosófica” que substitui a atávica herança da “suma teológica”. Colocou-se assim o conhecimento científico ao serviço das necessidades práticas da vida, e, a par, libertou-se a evolução das artes e das letras.

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

9ª curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Curso livre «40 anos depois: História Local e Regional»

Solar Condes de Resende

Sábado, 17 de fevereiro de 2024 – 15-17h

REORDENAÇÃO MODERNA DO TERRITÓRIO DE PORTUGAL

Professor Doutor Francisco Ribeiro da Silva 

No seguimento de sessões anteriores, fixar-nos-emos nos séculos XVI-XIX para tentar perceber como é que Portugal se organizou administrativamente, em tempos de monarquia absoluta e de centralização do Poder. 

Partindo das instituições do tempo presente, tentaremos perceber o significado das divisões administrativas, judiciais, fiscais do território. Províncias, Comarcas, Provedorias, Concelhos, Freguesias da chamada época moderna e das alterações que foram ocorrendo, nomeadamente nos finais do séc. XVIII e já na Monarquia Constitucional (Distritos 1835). 

Mas, como em História as pessoas são o mais importante, tentaremos perceber como era a vida quotidiana das pessoas dentro destes contextos administrativos, a partir da análise do estatuto e da ação dos Corregedores, Provedores, Juízes de Fora, Juízes Ordinários, Vereadores e, sobretudo, dos relatos impressionantes de alguns Corregedores.   

Finalmente demoraremos algum tempo a revisitar o chamado Termo do Porto (realidade institucional singular que durou desde D. Fernando e D. João I até ao advento do Liberalismo) e a tentar perceber as relações institucionais entre a cidade e esse espaço dilatado que, mutatis mutandis, constitui hoje a Região Metropolitana do Porto.  

Presencial e por videoconferência; a frequência e o pagamento implicam inscrição prévia; para mais informações contactar queirosiana@gmail.com